O risco na adultização infantil

O risco na adultização infantil

22 de abril de 2022 0 Por Fabiana Todeschini

Criança (do latim creantia) é um ser humano no início de seu desenvolvimento, em sua primeira fase dizemos que vive a infância. A infância é um período em que o ser humano se desenvolve psicologicamente, nessa fase adquirimos comportamentos, experiências e crenças sobre a vida, o que será a base de nossa personalidade.

Quando a criança é envolvida em um cenário inadequado para seu desenvolvimento, algumas consequências certamente serão evidenciadas na forma como se comporta e nos seus próximos anos de vida. Li esses dias um livro com esse título: Crianças adultizadas geram Adultos infantilizados. E será que isso é verdade?

A adultização precoce ocorre quando a criança tem comportamento de adulto e não tem as habilidades esperadas para sua faixa etária, deixando de fazer coisas de criança, algumas vezes se vestindo como pessoas maiores de idade, com responsabilidades de adulto e até tendo que tomar decisões de adulto.

Muita gente defende que a culpa da adultização infantil é da mídia, e a maioria das pessoas tem razão quando consideram que a influência da mídia é fundamental, mas é papel dos pais o monitoramento de situações que geram a adultização infantil.

Na dúvida sobre qual conteúdo devemos expor aos pequenos, se isso vai ou não estimular o desenvolvimento precoce, se pergunte sobre a utilidade do que você está inserindo ao contexto infantil. Qual a utilidade do uso de maquiagens para uma pele infantil? Qual a utilidade de expor seus filho/sua filha a músicas que falam sobre conflitos, guerras, libertinagem, conceitos que adultos podem filtrar com mais facilidade, mas que a criança não terá condição de discriminar se são certos ou não? Qual a utilidade de dar para uma criança roupas desenhadas para um corpo adulto?

Qual a utilidade de expor a criança a conversas relacionadas aos conflitos e diálogos dos adultos de forma desprevenida. Esse erro que vai custar caro pois, dependendo a idade, a criança não desenvolveu recursos cognitivos e emocionais que os ajudariam a lidar com informações relacionadas ao contexto de vida dos adultos.

Proporcionar espaço para brincar e desenvolver habilidades que são fundamentais para o convívio social da criança é nosso papel diário. Trazer a criança para cenários em que possam desenvolver habilidades socioemocionais é fundamental para um crescimento saudável. E quais são essas habilidades que devem estar sob nossa constante atenção: criatividade, colaboração, comunicação, proatividade, organização são algumas habilidades fundamentais que devem estar sob nossos olhos.

Vamos dar espaço para o que é bom e desestimular práticas que não trazem resultados positivos para o desenvolvimento das crianças?

Pensem nisso!

Por Fabiane Todeschine – Conselheira Parental✍️

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