Caio Salgado se pronuncia sobre a resolução do conselho Federal de Medicina que restringe o uso de Cannabis Medicinal
20 de outubro de 2022Uma resolução do Conselho Federal de Medicina, publicada no último dia 14, no Diário Oficial da União, causou indignação a milhares de brasileiros. Isso porque ela restringe o uso de cannabis exclusivamente a casos de epilepsias na infância e adolescência refratárias às terapias convencionais na Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut e no complexo de esclerose tuberosa. Segundo a publicação, os médicos passam a ser proibidos de ministrar o medicamento (fora os diagnósticos citados), derivado da planta da qual também se produz a maconha. Além da restrição do uso do medicamento, a decisão também impede que os profissionais promovam cursos e palestras, fora do meio científico abordando o uso do canabidiol.
Para o vereador Caio Salgado, essa decisão afetará diretamente milhares de brasileiros, que podem ficar sem amparo legal para continuar tratamentos eficazes para as patologias que possuem.
“Estou aqui colocando meu ponto de vista diante de um assunto tão importante, que é também, uma pauta do nosso mandato. Inclusive promovemos na Câmara Municipal de São Caetano do Sul, o primeiro Painel de Debates sobre o uso medicinal da cannabis e contamos com o Dr. Pedro Pierro, palestrante na ocasião e pioneiro na prescrição do canabidiol. O debate foi de suma importância, onde esclarecemos dúvidas e ouvimos diversos depoimentos emocionantes sobre o quanto o medicamento mudou, para a melhor, a vida de tantas famílias. Nem isso pode mais”!
“A publicação dessa resolução, trouxe inúmeros questionamentos e dúvidas a médicos prescritores, pacientes, familiares e responsáveis de pacientes, advogados e população em geral, além de prejudicar a continuidade de tratamentos que muitos benefícios têm gerado às pessoas inseridas em muitos outros diagnósticos. Pessoas que não obtiveram sucesso com outros medicamentos. É um grande retrocesso isso que está acontecendo”, declara o parlamentar.
É importante ressaltar que na segunda-feira (17), o Ministério Público Federal (MPF) pediu a revisão da resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que restringe o uso do canabidiol.