Vereador Dr. Marcos Fontes a importância da musicoterapia como procedimento terapêutico no tratamento de pessoas

Vereador Dr. Marcos Fontes a importância da musicoterapia como procedimento terapêutico no tratamento de pessoas

20 de maio de 2022 0 Por Desperta São Caetano

A música serve para promover a comunicação, expressão e aprendizado. Além disso, facilita a organização e a forma de se relacionar com os pacientes. Pode ser utilizada em qualquer área que haja demanda, seja promovendo saúde, reabilitando ou atuando como medida de prevenção ou simplesmente para melhorar a qualidade de vida. Assevera o vereador Dr. Marcos Fontes.

Desperta São Caetano: Dr. Marcos em que consiste o Projeto de Lei de sua autoria denominado uso da musicoterapia como procedimento terapêutico no tratamento de pessoas?

Vereador: Consiste em facilitar o processo de comunicação; promover a expressão e melhorar a integração social. Além disso, a musicoterapia comunitária, ou social, visa empoderar grupos e possibilitar o engajamento e organização necessários para que os indivíduos do grupo tenham plenas capacidades de enfrentar os desafios comuns da vida em sociedade.

Mais, a prática da musicoterapia objetiva favorecer o aumento das possibilidades de existir e agir, seja no trabalho individual, com grupos, nas comunidades, organizações ou instituições.

Desperta São Caetano: O Senhor considera a musicoterapia como um instrumento de colaboração para a reabilitação do paciente?

Dr. Marcos Fontes: Sim, auxilia! O musicoterapeuta usa a música e seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia), para a reabilitação física, mental e social de indivíduos que possuem distúrbios na fala e na audição ou deficiência mental. Os métodos são ferramentas que, durante o processo, permite, tanto para o terapeuta, quanto para o paciente, atingir os objetivos estabelecidos.

Desperta São Caetano: Vereador, o senhor pode nos dar alguns exemplos sobre os benefícios da musicoterapia?

Vereador Dr. Marcos Fontes: Existem diversos benefícios que podem ser proporcionados pela musicoterapia. Vejamos alguns cientificamente comprovados:

Doenças cardíacas – Segundo um review publicado pela Cochrane Library, uma organização sem fins lucrativos parceira de pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o simples ato de ouvir música pode melhorar as frequências cardíaca e respiratória, além da pressão sanguínea em pacientes com Doença Arterial Coronária (DAC).

Ainda são necessários mais estudos para comprovar a real eficiência e aplicabilidade de musicoterapia para pacientes com DAC, mas a pesquisa indica que a música ajuda a reduzir a pressão sanguínea, melhorar a frequência cardíaca e diminuir os níveis de estresse, sendo ela uma peça de Mozart ou um show do Exaltasamba.

Transtornos neurológicos 📌 Apesar da musicoterapia já ter sido usada de maneira persistente para tratar diversos problemas psicológicos, foi somente nos anos 1980 que pesquisas empíricas (que se apoiam em experimentos) começaram a ser feitas nesse campo.

Desde então, diversos estudos na área vêm sido desenvolvidos, levando em conta diversas patologias. Até hoje, a musicoterapia se mostrou mais eficaz no tratamento de sintomas negativos, como a ansiedade e o isolamento.

AVC 📌

A música age em diversas razões do cérebro, razão pela qual se mostra tão efetiva no tratamento de vítimas de derrames. Isso acontece porque a música é capaz de despertar emoções e estimular interações sociais, auxiliando na recuperação do paciente.

Amnésia 📌Alguns sintomas da amnésia foram amenizados através de diversas interações com a música, seja quando o paciente toca algum instrumento, ou quando está passivo, somente ouvindo uma canção.

No início, o paciente fala quase que cantando e aos poucos vai reaprendendo a entonação típica e os padrões rítmicos comuns da fala do dia a dia.

Autismo 📌

O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista, é um transtorno que causa problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e no comportamento social das crianças.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 70 milhões de pessoas em todo mundo possuem algum grau de autismo, sendo que esse número, só no Brasil, ultrapassa os 2 milhões.

Crianças com autismo podem se beneficiar bastante da musicoterapia, pois a utilização de instrumentos pode servir como uma importante ferramenta para incentivar a comunicação e a auto expressão, trazendo qualidade de vida para o portador da doença.

Alfim, por todo o exposto, acredito que aliar o tratamento médico com a musicoterapia, corrobora com o procedimento terapêutico. Por que tal método não é invasivo e é de baixo custo, salientando que os resultados estão comprovados cientificamente, o que justifica ainda mais sua utilização, finaliza o médico vereador Dr. Marcos Fontes.

Vereador Dr. Marcos Fontes

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