Pai, essa geração te representa?

Pai, essa geração te representa?

19 de maio de 2022 0 Por Fabiana Todeschini

A forma como você interage com o mundo depende de muitos fatores. A maneira como você recebeu informações sobre educação faz toda diferença no seu desempenho social. Nosso estilo pessoal, nossos comportamentos mais comuns são resultados dos estímulos que recebemos durante a infância.

Nossos motivos, nossas convicções, o que nós somos, em essência, torna evidente os registros do que experimentamos durante a vida. E é exatamente assim que se constroem os conceitos comportamentais que representam as gerações.

Você já deve ter ouvido alguém falar sobre as características das crianças e jovens dessa geração e são nessas falas que nos apegamos a uma questão simples: Como pai, essa geração te representa?

Calma! Nessa provocação eu já vou te antecipar uma verdade:

Somos os pais dessa nova geração que vem se formatando diante das consequências de uma pandemia, exposta aos riscos dos comportamentos que exigem uma profunda imersão no mundo digital, onde distanciamento se confunde com isolamento.

“Na minha época, as coisas eram bem diferentes”, você já deve ter falado ou pelo menos escutado essa frase em algum momento, mas o que eu quero te lembrar é que essa geração é composta pelos nossos filhos.

Mas o que ela fala sobre nós?

Desde bebês, nossas crianças têm encontrado nas telas o refúgio para qualquer diversão e aprendizagem. Por causa do uso desequilibrado de ferramentas tecnológicas, nossas crianças estão se desenvolvendo habituadas a lidar com um senso de independência um pouco maior que nós, e por um lado é importante refletir que o uso adequado é positivo, o problema surge quando pensamos no uso desequilibrado desses recursos.

O desequilíbrio em relação ao uso indiscriminado de tablets e smartphones é responsável pela quebra de vínculos que são importantes para o desenvolvimento emocional dos nossos filhos.

É possível perceber que as crianças dessa geração também demonstram mais curiosidade, elas não apresentam medo de apertar botões para entender o que eles fazem e isso pode gerar uma compreensão equivocada sobre as consequências de seus atos, você já pensou sobre isso?

Com mais independência e curiosidade, nossos filhos aprendem algumas coisas de forma bastante automática e isso gera em nós a falsa impressão de que estão amadurecendo de forma consistente, só que não é exatamente isso que está acontecendo.

Alguns aprendizados são resultados do estímulo cognitivo relacionado a gamificação (uso de jogos para engajar, motivar comportamentos e facilitar o aprendizado), mas grande parte das funções emocionais e das habilidades necessárias para o desenvolvimento da criança dependem das relações humanas, dos exemplos e associações que as ajudamos a construir.

Você consegue compreender que precisamos olhar com mais atenção para essa geração? Ela refletirá nossos equívocos e acertos, ela representará sua motivação ou a ausência dela para construir uma sociedade que compreende os benefícios da independência e da curiosidade da forma adequada.

Precisamos levar nossas crianças a perceberem a importância da convivência familiar, o valor da construção dos vínculos com pessoas no mundo real e o quanto suas ações precisam estar alinhadas com os princípios corretos.

Sim, essa geração nos representa!

O que podemos fazer para que ela represente nosso completo comprometimento com uma sociedade melhor?

Pense nisso!

Fabiana Todeschini

Orientadora Parental

@maeterapeuta

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