Você sabe diferenciar dengue, chikungunya e zika?

Você sabe diferenciar dengue, chikungunya e zika?

3 de março de 2022 0 Por Desperta São Caetano

Apesar de alguns sintomas semelhantes e serem transmitidas por mosquitos, essas doenças são causadas por vírus diferentes. Veja algumas diferenças.

Zika Virus

O QUE É?

O Zika Vírus é um tipo de arbovírus que é transmitido para seres humanos através da picada de mosquitos. Seu vetor é o mosquito Aedes aegypti, a mesma espécie que transmite a Dengue e a Chikungunya. No Brasil, o vírus é recente: o primeiro caso registrado foi em Abril de 2015. No entanto, ele foi identificado em 1947 em Uganda, na floresta Ziika – o que dá origem ao seu nome.

A doença se tornou mais comum quando o Ministério da Saúde apontou a relação do Zika Vírus com a microcefalia, o que acabou desencadeando um surto na Região Nordeste do Brasil. Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus acabam assintomáticas. No entanto, quando surgem, os sintomas do Zika Vírus são facilmente confundidos com uma gripe.

As manifestações clínicas mais comuns envolvem febre (cerca de 38,5ºC), dores musculares e de cabeça e fadiga. Caso ocorra o agravamento da doença, o Zika Vírus, pode causar manchas avermelhadas no corpo, dores nas articulações e olhos inflamados e com hipersensibilidade. De forma pontual, os infectados também podem apresentar náuseas, vômitos, diarreias ou prisão de ventre, dores abdominais, coceiras pelo corpo e aftas.

MÉTODO DE PREVENÇÃO

Da mesma forma que as doenças Dengue e Chikungunya, não existe nenhuma vacina nem tratamentos com medicamentos específicos contra o Zika Vírus. Portanto, a melhor forma de combater essa doença é erradicar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Como essa espécie coloca seus ovos e se reproduz em meio à água parada, não podemos deixar garrafas, latas, pneus e quaisquer objetos que possam acumular água sem verificação e limpeza regular. Além disso, devemos conscientizar a comunidade para evitar que o vírus se reproduza.

Dengue

O QUE É?

A Dengue é uma infecção viral transmitida pela espécie fêmea do mosquito Aedes aegypti. O Ministério da Saúde (MS) registrou o primeiro caso da doença no Brasil em 1981, apesar de relatos da doença já aparecerem desde o final do século XIX. Em 1986 surgiram as primeiras epidemias de Dengue, em capitais do Nordeste e no Rio de Janeiro. Desde então, a doença tem sido um problema de saúde pública não só no Brasil, uma vez que a Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou a dengue entre as 10 ameaças globais à saúde em 2019.

A Dengue clássica tem sintomas como febre alta já de imediato, com temperaturas acima de 38,5ºC, dores intensas de cabeça, nos olhos e nos músculos do corpo inteiro. Em metade dos casos, manchas avermelhadas pelo corpo surgem em torno do 4º dia da infecção. São sintomas comuns também calafrios, náuseas e vômitos. Existem quatro vírus que podem ser causadores da infecção: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Pacientes que já contraíram algum dos vírus, em caso de nova infecção, podem desenvolver uma forma mais grave da doença, chamada Dengue Hemorrágica. Nesses casos, além dos sintomas da Dengue comum serem mais intensos, complicações sérias podem surgir: a temperatura corporal abaixa depois do 3º ou 4º dia, dor severa na região abdominal, vômito persistente e com sangue, respiração acelerada, sangramento das gengivas, fadiga e inquietação. Por conta dos sangramentos, da dificuldade na respiração e do comprometimento dos órgãos, casos de Dengue Hemorrágica podem ser fatais, principalmente de 24h a 48h após o estágio mais crítico.

MÉTODO DE PREVENÇÃO

A melhor forma de se prevenir contra a Dengue é o combate e eliminação ao mosquito transmissor. O Aedes aegypti se prolifera ao depositar seus ovos em locais com água parada, como pneus, garrafas, vasos de plantas, bebedouros e caixas d’água. Diferente do que se acredita, o Aedes não se reproduz apenas em água limpa, já que se adaptou ao ambiente urbano, à poluição da água e a recipientes artificiais. Por isso, o recomendado é não deixar água parada em nenhum local e contribuir com a conscientização coletiva de inspeção de focos de proliferação em casas e quintais, locais públicos e terrenos baldios.

Assim como outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a Chikungunya e o Zika vírus, a Dengue não possui vacina e nenhum medicamento ou tratamento específico. Geralmente, quando se iniciam os sintomas da dengue, é recomendado o uso de analgésicos para as dores e paracetamol para a febre, além de cuidados para a reidratação corporal. Ao identificar qualquer um dos sintomas, um médico deve ser consultado.

Chikungunya

O QUE É?

A Chikungunya, ou Febre Chikungunya, é uma infecção viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O nome da doença vem da Tanzânia, onde foi registrada sua primeira epidemia. No idioma swahili significa “aqueles que se dobram”, já que os pacientes chegavam com a aparência curvada por conta das dores.

Os sintomas da Chikungunya podem ser parecidos com os da Dengue ou Zika Vírus, como febre alta (acima de 38ºC), náuseas, dores nos músculos e manchas avermelhadas pelo corpo. No entanto, a Chikungunya tem uma característica específica: dores nas articulações, de moderada a intensa. E em 50% a 90% dos casos, a doença também pode causar conjuntivite.

MÉTODO DE PREVENÇÃO

Como não existem tratamentos com medicamentos específicos e nem vacina para a Chikungunya, o foco de qualquer tratamento é dirigido no alívio dos sintomas e no combate a proliferação dos mosquitos transmissores. Analgésicos para as dores nas juntas, paracetamol para controlar a febre e bastante água e isotônicos para reidratar o corpo são os tratamentos indicados para a doença.

Um dos fatores únicos da Febre Chikungunya é que, se você já contraiu a doença uma vez, está imune de qualquer infecção do vírus no futuro. No entanto, o combate aos mosquitos transmissores do vírus Chikungunya deve ser mantido. Mais do que isso, incentivado e ampliado para além das áreas de risco.

A melhor forma de combater essa doença é erradicar a proliferação dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Como essas espécies colocam seus ovos e se reproduzem em meio à água parada, não podemos deixar garrafas, latas, pneus e quaisquer objetos que possam acumular água sem verificação e limpeza regular. Além disso, devemos conscientizar a comunidade para evitar que o vírus se reproduza.

FONTE: www.sbpprotege.com.br

O que fazer para evitar o mosquito?

Provavelmente você já deve ter visto alguns desses passos em muitos locais por aí, mas como são extremamente importantes para o controle do mosquito Aedes Aegypti, trouxemos o que você deve fazer como forma de reforçar tudo isso.

Certifique-se que em sua casa e quintal não existe possibilidade de focos para o mosquito da dengue, esses focos podem ser:

  • Garrafas viradas para cima;
  • Sacos de lixo descoberto;
  • Lata de lixo destampadas;
  • Caixa d’água aberta ou mal fechada;
  • Baldes, tonéis e piscinas mal fechados;
  • Pneus descobertos;
  • Pratinhos de vasos sem areia.

correto é que tudo esteja bem fechado e sem possibilidades de acumular água então:

  • Guarde as garrafas viradas para baixo;
  • Feche bem os sacos de lixos e coloque-os dentro de uma lata bem fechada;
  • Feche bem a caixa d’água e deixe baldes virados para baixo;
  • Feche bem os tonéis e piscinas;
  • Guarde os pneus em locais onde a água da chuva não bate ou cubra para que não acumulem água parada;
  • Coloque areia nos pratinhos dos vasos, algumas opções de vasos não tem a necessidade de pratinhos, procure por essas opções;
  • As calhas também acumulam água, certifique-se de limpá-las com frequência;
  • Verifique sempre a laje de sua casa e evite que a água fique parada por lá também, o mesmo serve para o telhado;
  • Troque a água de seus animais de estimação com frequência e deixe o potinho sempre limpo;
  • Coloque telas nas janelas para que o mosquito da Dengue não tenha acesso a sua casa.

Essas são algumas das tarefas/costumes que você deve ter dentro de casa, se você fizer a sua parte, menos chance o mosquito terá para se multiplicar.