Vereador Dr. Marcos Fontes propõe a horta urbana

A propositura nº 468 de minha autoria cria a Horta Urbana educativa, tendo como objetivo fortalecer o trabalho educacional voltado à formação de valores sociais, culturais e ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente, promovendo hábitos alimentares saudáveis.

Desperta São Caetano: Sendo médico e estando vereador, como o senhor vê o seu projeto Horta Urbana?

Dr. Marcos Fontes: A rotina que nos é imposta no meio urbano, a intensidade do trabalho e demais atividades, nos afasta da vida natural. Estamos em meio a ruídos, odores, alimentos fast food, construções e situações que nos deixam cada vez mais distantes do meio natural para o qual nosso corpo foi projetado para funcionar. Isso provoca diversos distúrbios como ansiedade, depressão ou estresse. Assim, ao projetar essa lei, quero trazer crianças, familiares, idosos e demais cidadãos a ocupar desde que permitido, terrenos públicos e particulares, para cultivarem a horta urbana.

Desperta São Caetano: O senhor tem esse projeto como compromisso de campanha desde 2016?

Vereador Dr. Marcos Fontes: Sim. O desenvolvimento socioambiental é uma das minhas bandeiras de luta, desde o meu primeiro mandato em 2017. Tanto é fato que já solicitei a Enel que disponibilize os terrenos por onde passa a rede elétrica para atividades com os idosos e desempregados, para o cultivo de hortaliças, e mais, que forneça equipamentos para a prática do cultivo e assistência técnica.

Desperta São Caetano: Dr. Marcos, tal empreendimento gera custo?

Vereador: O custo gerado com sementes, equipamentos de segurança e para o plantio é mínimo diante dos benefícios. Depois que estiver produzindo, a horta urbana vai se auto sustentar e o terreno sempre vai estar limpo, sem pragas urbanas.

Desperta São Caetano: Quais os benefícios para a população em ter as hortas urbanas?

Vereador Dr. Marcos Fontes: São muitos, cito alguns: proporciona mais qualidade de vida com maior eficiência econômica para os cidadãos. reduz ilha de calor, melhora a qualidade do ar, à noite a folhas fazem fotossíntese, liberando oxigênio, absorvem o ruído, diferentemente do cimento, as plantas conseguem absorver os sons, reduzem o risco de inundações, a terra é capaz de reter a água da chuva no momento em que cai, aliviando as galerias urbanas sobrecarregadas pela baixa permeabilização do solo urbano, reduz a contaminação em todo processo – não contamina a terra, reduz fluxo nas estradas com gastos e desperdício dos mercados. Quanto ao destino de resíduos orgânicos – os resíduos de alimentos e vegetais que causam problemas na logística de caminhões de lixo nas cidades, podem se transformar no melhor nutriente possível para uma horta, por meio do processo de compostagem.

Desperta São Caetano: Hoje temos milhões de desempregados no Brasil, o senhor vê alguma vantagem na atividade econômica/saudável/ambiental nesse projeto ‘horta urbana’?

Dr. Marcos Fontes: Eu vejo. Explico: Plantar uma horta própria ou comunitária é mais barato que ir ao mercado. Pode também converter-se em uma atividade econômica, e eventualmente pode gerar uma grande transformação social em comunidades de renda baixa. Por exemplo, o excedente da produção pode ser comerciado em feira de produtos orgânicos ou vendidos no próprio local. o lucro será dividido entre os agricultores urbanos. No que tange a saúde, ter-se-á melhora da qualidade alimentar – os alimentos orgânicos são mais nutritivos. Promoveremos uma maior biodiversidade – as plantas se relacionam entre si e com insetos, o que possibilita o desenvolvimento da fauna e flora local, essencial para reduzir as possíveis interferências de pragas. Teremos idosos e crianças em atividade física e mental interagindo, ou seja, a convivência entre usuários e vizinhos em um espaço público ideal para o encontro comunitário.

O Projeto Horta Urbana vai trazer a complementação curricular aproximando alunos e familiares para interagirem com a natureza, deixando um pouco de lado computadores, vídeo games e televisores e valorizando o meio ambiente, conclui o vereador Dr. Marcos Fontes.