Sobre A Vacinação Infantil: Podemos Mudar De Opinião?

A primeira vez que ouvi falar em vacinação de crianças fiquei, como muitas pessoas, bastante preocupada. Procurei argumentos que considerei bem pertinentes, alguns até devem ser, mas compreendi que todas as minhas justificativas eram claramente insuficientes e serviam acima de tudo para camuflar o meu medo.

Como pais queremos sempre tomar a melhor decisão, a decisão direcionada a proteção, acolhimento, para evitar qualquer problema que possa impactar a vida deles, e por isso tememos o que é desconhecido. Mas daí passei a pensar: Depois de tantas perdas, depois de tantos meses, depois de tudo que já vivemos nesse mundo moderno, será que ainda estamos vivendo realmente no desconhecido? Penso que não.

Não sei se todas as decisões estão certas, não tenho certeza de que os riscos serão eliminados em toda sua amplitude, mesmo assim, depois de um grande NÃO, mudei de ideia, hoje sustento um enorme SIM.

Eu digo sim pois no que diz respeito à saúde, acredito muito pouco na sorte, acredito na ciência, na medicina e nos profissionais de saúde. Eu me reduzo à minha insignificância, a de quem não estudou medicina, não tira licenciaturas no Google, não tem formação cientifica aprovada pelos grupos de mães e nem se transformou subitamente em tudóloga.

Mais do que os riscos de uma vacina, estou mais preocupada com os riscos do isolamento social, da ausência de oportunidades para que as crianças desenvolvam suas habilidades cognitivas e emocionais. Me preocupa a quantidade de pais e mães que se deslocam em suas rotinas profissionais e podem trazer o risco de uma variante que pode sim causar sério impacto nas crianças que não forem vacinadas.

Me preocupa o medo social, o medo de doença, o medo de morte, essa contagem de números que nos tornam reféns de estatísticas que permanecerão fazendo parte da nossa história por muito mais tempo do que podemos imaginar.

Se isto tudo não é o suficiente para que toda a população aceite o ciclo de vacinação das crianças, que nos apeguemos ao menos na esperança de que esse passo irá contribuir para um ano escolar mais seguro, para que essa fase tenha fim de uma vez por todas.

E se você está inseguro quanto a vacinação de suas crianças, procure um profissional da área, que conhece o histórico dos seus filhos diante de processos de imunização, afinal de contas, não é a primeira vez que ouvimos falar sobre vacinas, e só a família e seu médico de confiança tem uma noção clara sobre como isso funciona dentro de suas casas.

Não generalize seu quadro diante de toda população, a sua experiência com processos de imunização é algo muito individual e precisa sim estar sob seu controle, mas não precisa servir de argumento para gerar insegurança em sua comunidade.

E só pra lembrar: Não faz mal mudar de opinião. Até me parece bastante inteligente. Seja para o sim ou para o não.

Paz e saúde para todos nós…

Até semana que vem…

Fabiana Todeschini

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