CUMPLICIDADE ENTRE PAIS E FILHOS
12 de dezembro de 2021Oi, sou Fabiana Todeschini, orientadora parental. Nesse espaço quero te encorajar a refletir sobre o quanto é importante desenvolver a cumplicidade em família. Hoje você tem meu convite para interagir, argumentar e contribuir conosco sobre suas experiências com esse assunto lá nas minhas redes sociais ou mesmo ali no espaço de comentários dessa coluna.
Um sinônimo que faz muito sentido para a palavra cumplicidade é companheirismo, e significa “lealdade entre duas pessoas que se dispõe a caminhar juntas”.
A cumplicidade entre pais e filhos impacta positivamente na construção das habilidades emocionais das crianças, ajuda na formação da identidade e no encorajamento para que elas alcancem equilíbrio nas diversas áreas da vida.
Desenvolver um vínculo familiar saudável contribui para que as crianças cresçam autoconfiantes, seguras e resilientes. É por meio de experiências assim que as crianças aprendem a lidar melhor com os desafios, e quando adultos, tendem a constituir laços afetivos positivos.
Quero te lembrar que na construção de qualquer relacionamento, quando pretendemos desenvolver cumplicidade com alguém, demonstramos interesse genuíno pelo que a pessoa gosta e pelas suas experiências. O que é bem comum perceber é que muitos dos interesses dos nossos filhos não tem relação alguma com o que já experimentamos. Para garantir que seu objetivo seja alcançado, amplie sua capacidade de compreender que somos múltiplos, que experimentamos o mundo conforme os recursos emocionais e intelectuais que possuímos em cada momento do nosso desenvolvimento, assim você se sentirá mais estimulado a respeitar e valorizar as falas dos seus filhos sobre como percebem e vivem suas histórias.
É importante compreender que precisamos ampliar alguns limites, tornando-nos vulneráveis ao olhar do outro, e eu entendo que esse passo é complexo para pais que adotam uma postura rígida demais. Mas eu quero te convidar a perceber que esse desafio vai trazer resultados importantes para a construção da harmonia familiar, possibilitará o nascimento de sentimentos relacionados a identificação, proporcionando o desenvolvimento da admiração, que é um componente fundamental para a cumplicidade.
Nessa jornada, não minimize os sentimentos dos mais novos, pergunte os que estão sentindo e diga também como você se sente com mais frequência. Não faça isso somente quando você está triste, transborde-se nos momentos de alegria. Lembre-se de ouvir atentamente também. O hábito de conversar sobre o que sentimos é fundamental para que a criança aprenda a construir um repertório emocional adequado e consiga interagir melhor socialmente.
E quero finalizar te lembrando que cumplicidade é muito mais vivência do que palavras.
Experimente, teste, avalie os resultados alcançados e não desista. Permita-se estar exposto, reconheça erros e saiba se expressar quando identificar fragilidades que precisam ser corrigidas. Construa essa relação tendo em mente o resultado que você quer alcançar: filhos com uma mentalidade de construção, tem uma base familiar preenchida por amor e cumplicidade.
Até semana que vem…
Fabiana Todeschini
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